Será que sonhar ainda é possivel? Neste mundo onde a maioria dos sonhos são vendidos por segurança, estabilidade, e certezas? Desafio a realidade para que o sonho torne-se real. Sempre me mandam colocar o pés no chão, mas com os dois pés no chão não se consegue andar; é preciso um pé no chão e outro no ar. Para isso sei da importancia de está aberto para aprender, ouvir os mestres e também ter identidade para criar e inovar. Bem mais facil seguir, pois nos desobriga de pensar, ir requer muito mais, é estar disposto as quedas, enfrentar as pedras e os espinhos do caminho. O homem precisa sonhar, por isso as ilusões crescem , pois o que são ilusões? Nada mais do que sonhos que nunca serão realizados, o que o homem condicionado sente é sede de lutar por seus sonhos, e esta sede nenhuma ilusão será bastante para saciar.
é loucura desafiar a realidade? num sistema feito para curvar seguidores? talvez, o que sei é que a acão de viver na raiz do seu significado, depende disso.
zenildo cesar.
Aprendiz de Inspirações e Quedas
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Quando eu Escrevo...
Quando eu escrevo...
Eu me sento para escrever
E, de repente, o tempo para!
É quando começa a aparecer
A minha verdadeira cara.
É quando me desligo de tudo
E fico pensativo a sós
A escutar o toque mudo
Da minha própria voz.
É quando não me cerco
E o meu ser se espalha
E a minha voz faz um eco
No meu coração muralha.
Eu me abro, abro os meus segredos,
Como quem abre uma caixa de pandora
Aparecem os fantasmas, os medos
E eu encaro tudo que me apavora.
Eu vejo e falo com meus sentimentos
Da tristeza a alegria, da solidão ao amor
E me unindo a eles me acorrento
Ao meu mundo interior.
Como um espelho sobre mim
Vejo o bem e o bom, o mau e o mal.
É assim e só assim
Que entro no transcendental.
“Escrever é fazer do papel um espelho para a verdadeira face”
Zenildo Cézar
sábado, 15 de janeiro de 2011
Aprendiz de Inspirações e Quedas
Estou aqui, no fim de uma história trágica,
Os meus sonhos olham as ruínas
Que me encaram de forma enigmática,
Anjos de asas caídas e divinas.
Contemplo as partes da minha vida.
Ao chão, cada caco algo me lembra.
Nesta dimensão de essências destruídas
O meu ser, compulsivamente, entra.
É triste ver o que se ama morto.
Mais triste é ver o amor ao que se ama findo,
Só restando a saudade do porto
De cada porto que no horizonte vai sumindo.
Sim, a vida é um barco!
E só a arte pode, além do tempo, ir e vir.
Nela, volto e vejo cada caco
E sei que muitas vezes vou partir.
Zenildo César
Os meus sonhos olham as ruínas
Que me encaram de forma enigmática,
Anjos de asas caídas e divinas.
Contemplo as partes da minha vida.
Ao chão, cada caco algo me lembra.
Nesta dimensão de essências destruídas
O meu ser, compulsivamente, entra.
É triste ver o que se ama morto.
Mais triste é ver o amor ao que se ama findo,
Só restando a saudade do porto
De cada porto que no horizonte vai sumindo.
Sim, a vida é um barco!
E só a arte pode, além do tempo, ir e vir.
Nela, volto e vejo cada caco
E sei que muitas vezes vou partir.
Zenildo César
LÁGRIMAS DOS ANJOS
LÁGRIMAS DOS ANJOS
Zenildo Ferreira
a
Nas luzes das estrelas brilhantes
Caem lágrimas como diamantes
Na beleza que a tristeza tem.
Anjos choram nas celestes plagas,
E sentindo essas lágrimas amargas
Eu choro também.
a
Anjos choram por toda a maldade
Presente no peito da humanidade,
Pelas famílias corrompidas, possuídas,
Jogada ao lixo a graça de sermos racionais
Pais matam filhos, filhos matam pais,
Onde traquinagens valem vidas.
a
Anjos choram, por todas as crianças desaparecidas
Sabe lá para que mal perdidas.
Choram não por Madaleine ou Isabele apenas,
Mas por todas as crianças tragadas sem defesa,
Brilho apagado no anonimato da pobreza,
Mortes que não dão ibopes as cenas.
a
Choram pela infância mutilada e machucada,
Que agora está no chão ensangüentada.
Ó humanidade manchada por tanto sangue puro derramado,
É como se Cristo morresse a cada assassinato.
Os anjos choram porque é Cristo que morre de fato,
Pagando na sua inocência morta o peso dos nossos pecados.
a
Chamem-me de louco toda a sociedade,
Por acreditar em anjos em plena modernidade,
Mas todo aquele que amolecer a pedra do seu coração
Verá que, se existe pureza em algum lugar,
Ela estará chorando,
E dará para se ver pingando no chão
As lágrimas caídas em cada perdição.
a
A lágrima que chora pelos choros que foram calados,
A lágrima pelos cristos de outras formas crucificados,
A lágrima que cai, pinga e ninguém vê,
A lágrima que cai por tantas lágrimas a calarem,
Pelos risos infantis bruscamente a findarem,
Que vão pingando, chorando no meu escrever.
a
E assim, na noite linda pareço delirar,
Dizem: que louco é esse que na linda noite está a chorar?
Mas eu choro pelos loucos que esta noite turbam,
A noite que não tem culpa da indiferença de sua beleza,
Mas mostra como o mundo deveria ser a manter a pureza
Que os homens desde cedo sujam.
Chorem, chorem anjos!
E que a bondade daqueles que o bem fazem
Possa consolá-los,
A ajudar os que gemem,
Os homens enterrados,
O Cristo morto em cada ladrão, cada drogado.
É preciso limpar a humanidade desse pervertido dano,
Não é preciso ser santo é preciso ser humano!
a
Natal/RN - 29 de abril de 2008
Zenildo Ferreira é da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVA/RN) - 16 anos de idade
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